Oi! Tudo tranquilo? Se você está escrevendo um artigo para submeter a alguma revista científica, certamente você já ouviu falar em Fator de Impacto (FI). Esta história toda começou lá pela segunda metade do século XX com a necessidade de tentar identificar documentos científicos importantes para compor um acervo… Mas esse blá blá blá não vai servir muito pra você, a não ser que o tema de sua pesquisa tenha relação com tudo isso… é? ¬¬. Se não, vamos ao que interessa. 🙂
Pra começar, no mínimo você tem que saber o que danado é o FI… é um índice do Institute for Scientific Information, publicado na base Journal Citation Reports (JCR) desde 1972, que permite você “avaliar e comparar periódicos usando dados de citação obtidos [em um determinado período de tempo] de aproximadamente 12.000 publicações técnicas e acadêmicas e anais de congressos de mais de 3.300 editoras em mais de 60 países” (Portal Capes).
Pra ilustrar, existe um cálculo pra obter o FI, que é mais ou menos assim…Entende-se que quanto mais citações uma revista tiver maior deve {ou, pelo menos, deveria} ser seu interesse em publicar um trabalho nela, pois a tendência é que ele venha a ter visibilidade internacional. Mas aí deve vir a dúvida: como saber se uma revista tem um bom Fator de Impacto?
Uma dica boa é visualizar o ranking FI por categoria. Não recomendo comparar o FI de uma revista na área de matemática com outra da área de oncologia, por exemplo, vê no que dá:
A categoria Matemática tem mais periódicos, mas em compensação tem poucas citações, pois não é uma área onde se publica tanto quando comparamos com Oncologia. A média FI2015 de Oncologia é de 2.915, enquanto a de Matemática é de 0.613…
Dá uma olhada no ranking 2015 de journals nas categorias oncologia e matemática:
Enquanto o journal #1 de Matemática tem FI2015 = 9.000, o journal #1 de Oncologia de FI2015 = 131.723. São bastante diferentes, né?
O ranking completo do Fator de Impacto anual pode ser acessado, apenas por meio de assinatura, na JCR. Para quem tem acesso institucional, está disponível no Portal de Periódicos da Capes (buscar por base).
Só mais uma informação importante: muitas publicações, inclusive brasileiras, não estão inseridas no índice JCR {a JCR tem “apenas” mais de 12k, vale lembrar que este número não representa TODAS as publicações do planeta}, pois há critérios de inclusão de títulos em tal índice, dentre eles a avaliação por pares (peer review). Por isso, publicações importantes para determinada região podem não ter FI {por não estar no grupo seleto do JCR, suas citações não são contabilizadas} e isso não quer dizer, necessariamente, que ela não é de qualidade. 😉
Se, por acaso, você quer publicar em uma revista brasileira que não tem FI, vale consultar o Qualis-Periódicos, sistema de classificação da produção científica da pós-graduação, criado pela Capes {prometo em breve falar mais sobre ele por aqui}.
O post foi bem longo hoje, né? Mas é importante você ter uma noção sobre esse tema. Se tiver dúvidas, grita aqui nos comentários. 🙂
eu percebi que as pessoas tem mais interesse por informações sobre saude do que matematica
quero saber do fator de impacto dessa revista
https://www.sciencedirect.com/journal/linguistics-and-education
[08:37, 11/08/2021] Roselina Aguiar: na avaliação da capes A1
referência da revista mostra fator de impacto em 2017 é 14 a 32.